Polícia Civil abre inquérito para investigar condições de obra após morte de dois homens por soterramento em Camargo

A Polícia Civil investiga as condições da obra onde dois homens morreram soterrados na terça-feira (5) em Camargo, no norte gaúcho.

Segundo o delegado Norberto Rodrigues, de Vila Maria, a perícia foi acionada e uma investigação vai seguir com análise de documentos e recolhimento de depoimentos nos próximos dias.

— Como houve morte, tem a instauração do inquérito para avaliar as circunstâncias do acidente — disse.

Os dois trabalhadores morreram no fim da tarde de terça-feira (5) após serem soterrados na obra de um silo localizado no km 7,5 da RS-132.

Eles foram identificados como Anderson Cruz de Mello, 24 anos, e Luis Fernando Oliveira Vieira, 35. Segundo a polícia, Anderson era natural de Vacaria e residia em Esmeralda, enquanto Luis Fernando era natural e morava em Encruzilhada do Sul.

Em nota, a empresa responsável pela construção do silo, Construtora Mânica JJR, lamentou o ocorrido. Disse que cumpriu todas as normas de segurança nos locais de trabalho e que, neste momento, a prioridade é dar auxílio às autoridades e familiares das vítimas (confira nota na íntegra abaixo).

Já a empresa proprietária do local, o Grupo Fuga S/A, afirma que tudo foi realizado dentro do padrão legal do início ao fim do processo, com acompanhamento do Corpo de Bombeiros, Brigada Militar, Polícia Civil, perícia e prefeitura.

Os corpos foram retirados do local durante a madrugada, às 4h43min e 4h48min. Segundo o delegado Norberto, os corpos devem ser liberados do Instituto Médico Legal (IML) até a noite desta quarta (6).

Nota da íntegra da Construtora Mânica JJR

“Quanto à fatalidade ocorrida no dia de ontem, com dois de nossos colaboradores, manifestamos nosso profundo pesar e respeito às famílias enlutadas e, reiteramos o compromisso de que a Empresa sempre cumpriu com as normas de segurança em seus locais de trabalho, primando pelo bem estar e saúde de toda a equipe.

Da mesma forma, neste momento, enfatizamos que a prioridade da Empresa está no auxílio às autoridades competentes e, principalmente, na solidariedade e conforto aos familiares, por isso, pedimos a empatia de todos na condução desse processo.”

Fonte: Gaúcha ZH